terça-feira, 1 de março de 2011

Meanwhile, in London.... the unknown feeling takes over me.

Seus olhos nao sabem pra onde olhar. Suas pernas nao sabem pra onde leva-la. Suas maos nao sabem o que devem tocar. Se sentindo perdida, em casa, com saudade, e feliz, dia apos dia, ela vive uma vida a espera de algo maior, de um sentimento que a preencha, e a torne completa. Tudo parece um sonho, mas esses momentos sao os mais reais de toda sua vida... As vezes acha que e tudo em vao... mas sabe que nao e. Ela nao quer mais voltar.

'Nao, que eu nao sou ninguem de ir em conversa de esquecer a tristeza de um amor que passou. Nao, eu so vou se for pra ver a estrela aparecer na manha de um novo amor.'

Canto de Ossanha - Vinicius de Moraes

domingo, 17 de outubro de 2010

Três meses depois....

É... quem diria que eu acabaria abandonando meu blog por tanto tempo =/ Hoje começou o horário de verão, são 5:25 da manhã, e estou realmente cansada, mas me bateu uma saudade daqui... Estou dando explicações pra ninguém, mas tenho passado por momentos... difíceis, e minha criatividade meio que se perdeu. Eu meio que me perdi. Mas vou voltar a escrever com certeza, ainda tem muito a ser posto nesse blog :) Tenho fé.

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Rosa Meditativa.

Rosa Meditativa,
Tal leveza espanta, desce do teu encanto
E se revele para mim
A chuva cai e desliza aveludada
Fria e calma pela tua pele
Vermelha de amor, me trai os sentidos
Por qual razão te afastaste?
Só há solidão em teu céu azul
Há aqui o sentimento inominável
Da vida
Ou será que fora apenas um sonho?
Admira-me tua beleza, tua forma
Tua fragilidade etérea
Eternizada em meus olhos
Olhos de vidro, secos, inumanos
Salgados de dor, miram apenas ti
Doce rosa, o mundo se esvai em pequenez
Em atos brutos, vazios de sentido
Teu isolamento só lhe faz bem
Leve-me contigo
Sinta minha batida ritmada da vida
O que pulsa em mim é o amor maior
Em mim há a vontade de lhe tocar
Deslizar meus dedos por ti
Lhe abraçar com devoção e me unir em teu luto
Nossa tristeza em comunhão
Negação da terra, a base que te nutriu
Aceitação do azul anil, que nos resguarda
Do mergulho no silêncio
Sem fim
Sumamos desse mundo
Ingrato
Sem deixar vestígios, sem dizer
Adeus.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

AAAAAHHHHHHH!

Quero escrever, mas tenho que estudar .____.

Merda D:

Se der, depois que fizer o trabalho sobre a amiga Bee-wulf amanhã, faço a continuação do Howard *finalmente!*


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domingo, 16 de maio de 2010

Estupor.

A boate é um ambiente estranho.

Uma multidão de olhares, famintos por retorno imediato. Bater de saltos no chão, maquiagens brilhantes, risadas altas, conversas fúteis. Tudo uma grande celebração carnavalesca do exterior que construímos cuidadosamente. Nossos rostos, transparecem o que se é esperado. Nossas mãos, tocam e acariciam de forma tática, sedutoramente vazia. Existe ambiente mais controverso do que uma pista de dança? Um local fechado, escuro, com múltiplas luzes coloridas se misturando no ar, onde as pessoas adentram para dançar. Ato tão comum, expressão corporal da sintonia entre música e coração, deve ser exposto em pequenos locais criados para isso. Sendo algo normal, tão benéfico, deveria ser expressado em qualquer lugar, onde a vontade surgisse. Porém, não. O ato de dançar é vedado, cercado por timidez e julgamento. Deve-se então recorrer a pista, onde todos, de forma quase poética, entram em sintonia com as músicas. Os corpos se mexem de forma às vezes planejada, com intuito de atrair olhares. Outros se movem aleatoriamente, seguindo um estranho desejo de se deixar soltar. A escuridão é propícia, já que assim ninguém se vê ao certo, mal é possível ouvir uma palavra. Tudo que se vê de fato são os movimentos corporais, sem qualquer tipo de amarras impostas quando se está na claridade. Entretanto, todos, sem dúvidas, se reúnem nesse local com o mesmo objetivo: esquecer quem são. Dançam com alegria alcoolizada, cantam, riem, se beijam. Ao sair, o coração lentamente retorna ao normal, a realidade batendo de frente. A maquiagem toda saiu, já não há mais pique para manter o sorriso, para caçar uma carícia. Saímos de lá e nos vemos no espelho. Queria dançar para sempre. Queria viver no esquecimento, onde todos querem o mesmo que eu. A pista de dança não é uma diversão. É um refúgio.

Talvez a boate não seja estranha, mas sim extremamente conveniente. Conveniente porque nos dá o que precisamos. Frente a uma juventude que cada vez mais se esquece da importância do que não se pode ver, se perde tantas vezes até encontrar um caminho próprio, sente a pressão diária do que é viver em sociedade pesar em seus ombros, a necessidade de se ter lugares como esse se viu urgente. Mergulhamos em um estupor viciante, e conseguimos ainda sair incólumes de nossa empreitada noturna.

Com o céu clareando, somos obrigados a partir, lentamente recordando quem somos, e para onde devemos ir. Mais um dia normal se inicia, e a ansiedade e a saudade da liberdade que foi proporcionada nos persegue, durante as horas vagarosas, até retornarmos a cadência unida da dança.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Clara manhã.

Esbarrei em mim mesma segunda a noite. Foi horrível. Tudo ficou subitamente escuro, deserto. Mais parecia que eu havia sido sugada para outro local, distante, meu quarto já não se via. A encarei com temor, senti calafrios por todo o corpo. Via a tristeza, a dúvida, o medo do fracasso. O medo de desviar do rumo traçado pelos seus sonhos, tão intensos, tão densos. Seus olhos estavam foscos, perdidos em algum lugar, mas ainda assim eles viam tudo em mim. Percebi um estranho vazio, uma forma que faltava, como se ela fosse apenas o contorno de algo que não se encontrava mais ali.
Isso me assustou. Comecei a dar alguns passos para trás, com a intenção de fugir.
Porém, ao me virar, lá estava ela. O que ela quer de mim? Respostas? Eu não as tenho. Nunca as tive. Me senti só. Desesperei-me. Minha mente se tornou mórbida, idéias com odor de podridão passaram por mim, mas permaneci sem reação. Comecei a fazer parte de seu vazio, compreendi suas dúvidas, seus receios. Não soube o que fazer.
Sentei-me, e ela fez o mesmo. Ficamos nos olhando, cada qual encarando um abismo profundo no olhar da outra. Então, notei algo estranho em seu pulso. E, enfim, juntei a coragem de produzir minhas primeiras palavras a ela: 'O que é isso em seu pulso?'. Ela me respondeu: 'É o infinito.'
Silêncio.
Pude então ver tudo. O infinito que subia por seu braço, se espalhava por seu corpo, a fez inteira. A completava. A forma perdida esteve sempre lá, mas ela não notou. Vi as milhares de possibilidades, tão reais quanto ela e eu, vi tudo o que pode ser feito. Tudo isso dentro dela. Dentro de mim.
Seus olhos refletiam nos meus a verdade que não se vê quando se está só: Permita-se sonhar. A partir daí, tudo é possível.


Acordei no dia seguinte em meu quarto ainda triste, mas o céu estava azul. Que bom, ela havia ido embora. Espero não vê-la nunca mais. Porém, sei que ela aguarda, quieta, paciente, em algum canto de mim, para esbarrar em meu ombro novamente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Wish you were here.

'How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here.'


Senti a melodia me tocar e sorri. Então... não fui esquecida. Como fui tola. Sinto uma leve vontade de chorar, só de pensar que o tempo passou, nossos dias juntos ficaram para trás... porém, o amor continua o mesmo.

Nunca te esqueço.